Isolante, isolada fiquei
em ti com medo de não pertencer,
cansada estatelei.
E de pés fechados,
calados e
sentados,
de unhas quebradas, e encravadas
meu carnaval se pôs a chorar.
A música de saudades batia em minha porta,
clichês dos temas carnavalescos,
de frevos
distantes em alto mar dos meus olhos,
mas ao lado do meu coração.
O meu bate forte cada vez que te vejo,
te sinto, te cheiro.
O carnaval, é o FREVO!
Você me eleva do chão,
o ar parece que vem na boca,
o sorriso fica de orelha a orelha.
Um amor compartilhado,
que todo mundo anda lado a lado,
suando enconjunturado.
O ato é político e abastado,
Denúncia e prazer se misturam,
no simples fato de existirmos e nos movermos,
cantarmos e resistirmos,
através do frevo, através da alegria,
para um dia apenas irmos, e ser o que escolhemos.
Brinco cada dia mais de não ficar distante,
ensaio viagens,
percalços distantes,
mas volto ensandecida de saudade,
com lágrimas de pesar
de ter te deixado um dia.
Prometo a partir de hoje, não fazer mais isso,
porque meu amor por você,
vai além do que consigo descrever
em um simples imaginar,
de que eu já não serei mais tua,
mas que pra mim você voltou, arrependido
todo suado de alegria,
no fim do entardecer, ganhando
Um dia de sol e um banho gigante de lua.