Introdução
A arte circense é uma das mais antigas formas de expressão artística, que envolve habilidades físicas, técnicas e artísticas, além de uma forte dose de criatividade e improviso. No Brasil, as artes circenses têm uma forte ligação com os folguedos populares, festas tradicionais que celebram a cultura e a identidade brasileiras, e que estão presentes em muitas regiões do país.
É nesse universo das artes circenses e dos folguedos populares que Marina Fenicio encontrou sua vocação e sua inspiração. A artista e brincante pernambucana se dedica a pesquisar, desenvolver e aperfeiçoar sua técnica e sua expressão artística, com foco na criação da figura-palhaça, uma personagem que mistura humor, poesia e crítica social, e que é uma das mais emblemáticas e queridas do circo brasileiro.
Desenvolvimento
Frevando com a palhaça
O Frevo Carnavalesco de Olinda/PE é um dos mais importantes e animados folguedos populares de Pernambuco, e é também uma das principais fontes de inspiração de Marina Fenicio. Durante sua pesquisa, a artista teve a oportunidade de vivenciar e aprender as técnicas e os movimentos da dança do frevo, que é um dos elementos mais marcantes do folguedo. Além disso, Marina explorou as possibilidades de criação de uma figura-palhaça que dialogasse com o contexto e a estética do frevo, criando um personagem irreverente, engraçado e cheio de ginga.
Encantando com o cavalo marinho
O Cavalo Marinho de Condado/PE é outra manifestação cultural popular que inspirou a pesquisa de Marina Fenicio. Neste folguedo, o destaque é a figura do cavalo-marinho, um cavaleiro fantasiado com trajes coloridos e enfeitados que dança ao som de tambores e outros instrumentos. Marina se dedicou a estudar os passos e as técnicas do cavalo-marinho, e a criar uma figura-palhaça que pudesse interagir com os cavaleiros, dialogando com as histórias e lendas que envolvem o folguedo.
Sonhando com o maracatu rural
Por fim, Marina Fenicio mergulhou na cultura do Maracatu Rural da Zona da Mata/PE, um folguedo que mistura música, dança, teatro e poesia, e que tem uma forte carga de religiosidade e simbolismo. Aqui, a artista se inspirou nas cores, nas formas e nas histórias dos personagens que povoam o maracatu, como o rei, a rainha, o caboclo de pena, a baiana, entre outros. Marina explorou as possibilidades de criar uma figura-palhaça que pudesse dialogar com as simbologias e as histórias do maracatu, trazendo humor, irreverência e poesia para a cena.
Conclusão
Com sua pesquisa nas artes circenses e nos folguedos populares de Pernambuco, Marina Fenicio criou uma figura-palhaça única e original, que encanta e surpreende o público por sua criatividade, humor e irreverência. A artista é um exemplo de como a tradição e a contemporaneidade podem caminhar juntas, dando origem a uma arte viva, inovadora e sempre surpreendente.