O cavalo-marinho é uma brincadeira da Zona da Mata, interior de Pernambuco/Brasil. De origem dos trabalhadores rurais da cana-de-açúcar, mistura música, dança, teatro, poesia e loas entre personagens humanos, animais e fantásticos que animam o público, seu Capitão, enquanto que Sebastião e Mateus tentam botar a ordem no terreiro.  Com mais de 76 personagens, que entram mascarados ou não, a brincadeira e sua festa homenageia o dia de Reis no Natal e no dia 6 de janeiro, onde vaqueiros e personagens do capitão disputam a festa, Mateus e Bastião apaixonados por Catirina, negociam a festança e a homenagem aos santos reis, até a morte e o ressurreição do boi. As danças dos arcos, os galantes, o banco cheio de músicos, brincam a noite inteira com todas as pessoas que visitam a brincadeira. Mesmo datados de diversas tradições, loas e toadas que se repetem ao longo de gerações, seus mestres também criam e recriam a brincadeira, os diálogos com as personagens e até suas músicas, que antes, relembravam a tiração de onda do Capitão Marinho, mas que hoje se expandem em diversos temas. Conhecido popularmente como a dança-dos-pés-rápidos, o cavalo-marinho representa um patrimônio Pernambucano, criado pelos trabalhadores de um Brasil colônia, afro-brasileiro, de um povo que queria rir de sua realidade, para enfrentar as adversidades duras e deixar tudo um pouco mais leve.